Ricardo
Flávia, na sua versão ciumenta, era algo curioso de ver. Eu achava até divertido, mas a verdade é que Sarah já estava começando a me irritar. Eu não queria ser grosso com ela — afinal, fazia parte do nosso círculo há anos — mas havia passado dos limites. Os olhares, as risadinhas, a forma como sempre arrumava um jeito de se aproximar... Estava demais, e eu só conseguia pensar no quanto aquilo estava incomodando Flávia.
— Onde está a Flávia? — perguntei a Sophie, olhando ao redor.
— Não sei, ela estava aqui ainda há pouco. — respondeu dando de ombros.
Procurei mais um pouco, mas não a encontrei. Então subi as escadas e, quando abri a porta do quarto, lá estava ela. Sentada ao lado da cama, acariciando os cabelos de Caio, que dormia profundamente. A cena era linda.
— Está tudo bem? — perguntei baixo, para não acordar o menino.
Ela levantou o rosto e sorriu de leve.
— Sim, só vim ver se ele ainda estava dormindo.
— Vem, vamos comer nossa sobremesa. — estendi a mão para ela.
— Va