Flávia
Pegamos um táxi logo que saímos do aeroporto. Do lado de fora, Barcelona parecia uma pintura viva — o céu azul intenso, os prédios com varandas floridas e o som dos carros misturado ao das conversas em espanhol, que eu achava lindo de ouvir.
Caio encostou o rosto na janela e ficou observando tudo, maravilhado.
— Mamãe, olha! Tem palmeiras na rua! — dizia, animado, enquanto apontava para cada coisa que via.
Ricardo ria, passando a mão pelos cabelos dele.
— Aqui é diferente, né, campeão? —
— Muito! — respondeu, sem desgrudar os olhos da janela.
Chegamos ao hotel no início da tarde. Era lindo, com uma vista incrível da cidade e um sutil aroma de flores no ar. O recepcionista falava um espanhol acelerado, e Caio tentava repetir tudo, arrancando risadas de nós dois.
Subimos para o quarto e, assim que a porta se abriu, ele correu até a varanda.
— Olha, dá pra ver o mar daqui! — gritou encantado.
Sorri. Ver aquele brilho nos olhos dele fazia tudo valer a pena.
Tomamos banho — o cansaç