Aline
O dia finalmente chegou, e eu estava animada. Muito animada, na verdade.
Acordei cedo, revisei mil vezes o horário do voo e saí de casa com antecedência — não queria correr o risco de me atrasar.
No caminho, parecia que o coração batia em um ritmo só dele, misturando ansiedade e alegria. Quando cheguei ao aeroporto, procurei um lugar mais afastado para esperar, tentando parecer calma, mesmo que por dentro eu estivesse uma bagunça.
Os minutos se arrastavam, e eu olhava para o portão de desembarque como se pudesse fazê-lo aparecer mais rápido.
E então ele surgiu.
De moletom cinza, uma mochila nas costas e um sorriso que, por um instante, fez o tempo parar.
Lindo, exatamente como eu lembrava — ou talvez ainda mais.
Quando nossos olhos se encontraram, ele sorriu de um jeito tão aberto, tão genuíno, que eu juro que teria sido capaz de desabar ali mesmo, no meio do aeroporto.
— Oi, tudo bem? — disse ele, se aproximando e me puxando para um abraço.
O cheiro dele era bom, familiar de al