Aline
Depois daquele primeiro beijo, os dias seguintes sempre terminavam em beijos também. Não era nada forçado, nada combinado — simplesmente acontecia. No fim de cada noite, quando eu o deixava no hotel, o beijo vinha como um fechamento perfeito para o dia. Eram apenas beijos de boa noite, mas, para mim, tinham o poder de iluminar as horas seguintes e me fazer sorrir antes de dormir.
Eu estava adorando tudo aquilo. E, ao mesmo tempo, começava a sentir uma pontinha de tristeza sempre que lembrava que dali a poucos dias ele iria embora. Tudo voltaria a ser mensagem, chamadas rápidas, e talvez — meu maior medo — o silêncio.
Aproveitamos a semana ao máximo. Fomos jantar fora, assistimos a outro filme, encontramos alguns amigos e até fomos a duas baladas. Eu estava vivendo uma mistura de euforia e calma ao lado dele. A companhia dele era leve e divertida. Ele era gentil, atencioso e me fazia rir o tempo todo. E se eu já achava que estava gostando dele pelas conversas que tínhamos antes,