Flávia
Cruzei os braços, encarando-o com incredulidade. — E quem é Samantha, Ricardo?
Ele franziu o cenho, confuso. — Eu não conheço nenhuma Samantha.
— Não conhece? — soltei um riso nervoso. — Porque tem um cartão com o nome dela no bolso da sua jaqueta. “Samantha — Acompanhante de luxo”. Quer mesmo que eu acredite que caiu aí por acaso?
Ele levantou, jogando o cartão sobre a cômoda. — Flávia, por favor. Você acha o quê? Que eu te traí?
— Como é que eu vou saber? — rebati, sentindo o coração acelerar. — O cartão, o perfume… tudo aponta pra isso.
— Eu não te traí. — disse firme, olhando nos meus olhos. — Eu não toquei em ninguém. Só fiquei lá, quieto, olhando as pessoas dançando, tentando desligar um pouco. Falei com um amigo, nada mais.
Por um momento, a voz dele pareceu sincera — mas algo dentro de mim ainda não acreditava.
— Então você realmente não conhece nenhuma Samantha? — perguntei, mantendo o olhar fixo no dele. — Não teve contato com nenhuma mulher ontem?
— Não. — respondeu