Capítulo 60

A porta do apartamento se fechou devagar atrás deles.

Clara tirou os sapatos no corredor, deixou o casaco escorregar pelos ombros e soltou um suspiro que era metade cansaço, metade alívio.

— Meu Deus.

Aconteceu — disse ela, baixinho.

— Aconteceu — Noah confirmou, abrindo os braços e girando lentamente pelo corredor como se ainda não acreditasse que tudo aquilo foi real.

Ela se jogou no sofá.

Ele foi até a cozinha e voltou com uma garrafa de vinho tinto e duas taças.

— Estamos celebrando?

— Estamos vivos, inteiros e um pouco mais poéticos do que de costume.

É o mínimo que a gente merece.

— É cabernet?

— É o que sobrou da última vez que a gente acreditou no amanhã.

Ela sorriu, aceitando a taça.

— Tão bonito quanto um bilhete colado na geladeira.

— Ou uma espiral que nunca termina.

Eles brindaram.

E beberam devagar.

A sala estava levemente bagunçada.

Alguns livros fora do lugar, um pincel esquecido sobre o aparador, uma manta caída do sofá.

Mas Clara olhou tudo com ternura.

Era a bagunça
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