Willian
Olhei para Amelie dormindo sobre meu peito, a chama dentro do lampião iluminava o quarto fracamente, mas não precisava de mais, na verdade, seria melhor se estivesse completamente escuro.
Mais uma vez, acariciei seu braço, na verdade, fui eu quem a puxou para cima do meu peito, Amelie tem muitas resistências, eu não a entendo na maioria das vezes, ela não diz o que sente, muito menos o que pensa.
Talvez se eu fosse um homem experiente, conseguiria me aproximar mais dela, porém, a liberdade e a chance de aprender foram tiradas de mim. Muitas coisas eu deveria ter aprendido com meu pai, mas ele foi ausente, já minha mãe, ela fez o que pôde, mas jamais poderia me ensinar como um pai.
Apesar de tudo o que aconteceu, eu sentia que ainda não tinha entrado em seu coração, e eu não posso perdê-la.
Arthur entrou trazendo mais um balde cheio de água para repor o volume da banheira. Observei a água sendo despejada e em seguida ele nos olhou. Ele se parecia tanto com nosso pai, a barba o