Amelie
— Amelie? — Assustei-me ao ser tocada nas costas, devo ter me distraído por muito tempo. Willian estava parado e inclinado para me olhar mais de perto.
— Precisa que eu faça alguma coisa? — Afastei-me do seu toque e passei a olhar ao redor mais uma vez, na tentativa de evitá-lo.
Arthur, que estava abaixado tentando acender um fogo com pedras e capim seco, nos olhou com o cenho franzido. Eu também evitei seu olhar.
— Sim. — Willian disse após um suspiro. — Preciso que sente e descanse.
— Não estou cansada. Posso ajudar se precisar.
— Sua teimosia é irritante — Arthur resmungou do chão.
— Eu não sou teimosa! — Seu comentário afiado era a única coisa irritante ali.
— Os teimosos nunca enxergam a própria teimosia — retrucou colocando mais rapidez em seus movimentos.
— Suponho que esteja falando por experiência própria.
— Não, eu sei disso porque lhe observo. — Arthur parou seus movimentos e abaixou-se para soprar o capim que tinha recebido faíscas o suficiente para queimar. Logo o