"Amor possessivo: Imponho-te limites; ignoro tuas necessidades; anulo tua liberdade; alimento teu sentimento de culpa e promovo a doentia codependência entre nós. Amo-te? Não! Satisfaço os meus caprichos...” Maria Ap. Giacomini Dóro
Assim que a porta se fechou atrás de Lívia, o celular de Santiago vibrou. Ele olhou a tela, suspirou — era da galeria.
Helena percebeu o conflito na expressão dele: o dever puxando por um lado, o desejo de ficar ali com ela puxando mais forte.
— Pode ir. — disse ela com doçura tranquila. — Eu vou ficar bem. Aliás… meus pais também me ligaram preocupados com a coletiva. Combinei de almoçar com eles no hotel.
Santiago ergueu os olhos para ela, como se tivesse acabado de tomar sua própria decisão.
— Eu poderia ir com você? — perguntou, praticamente se convidando, sem cerimônia. — Provavelmente não é nada tão urgente que eu não possa resolver à tarde.
Helena sorriu, surpresa com o calor que aquela iniciativa trouxe ao peito.
— Claro que sim.
Ele então ajeitou