“Zelar é a forma mais antiga do amor.”
Pedro e Lívia avançavam lado a lado — ou melhor, lado a trancos — enquanto ela resmungava indignada, ele caminhava com a calma irritantemente impassível de quem estava conduzindo uma diplomata explosiva prestes a declarar guerra ao país errado.
Quando chegaram ao alpendre, Olívia abriu um sorriso tão largo que parecia abraçar os dois ao mesmo tempo.
— AH! — exclamou ela, batendo palmas. — Os reforços chegaram!
Lívia tentou abrir um sorriso educado, mas parecia mais alguém prestes a morder um cabo elétrico.
— Reforços é uma palavra ótima — murmurou, lançando um olhar de morte para Pedro.
— Bom dia, senhora. — Pedro cumprimentou com uma reverência respeitosa.
Olívia o analisou de cima a baixo com o olhar clínico de quem avalia cavalos de raça.
— Santo Deus… — disse, piscando os olhos. — Você é grande. Meu neto quase parece um frango perto de você.
Santiago, a alguns passos atrás, gargalhou alto.
Pedro soltou apenas um “sim, senhora”, com expressão