Ela...
A campainha tocou pela terceira vez em menos de cinco minutos, um som insistente que reverberava pelo apartamento vazio como um martelo contra meu peito.Eu sabia quem era.Sabia que ele não iria embora sem uma resposta.E, mesmo assim, permaneci imóvel na cama, os olhos fixos no teto, sentindo meu coração martelar com uma mistura de raiva, dor e um desejo traiçoeiro de ceder.Por que ele insiste?Por que não pode simplesmente me deixar em paz?Pensei, enquanto meu corpo se mantinha tenso, cada músculo preparado para uma batalha que eu não queria travar.Uma parte de mim queria abrir a porta, ouvir sua voz, acreditar que havia uma explicação que pudesse apagar a imagem de Lysandra o beijando.Mas outra parte — a mais forte, a que ainda sangrava pelas feridas do passado — gritava para que eu me protegesse.Não.Eu não serei aquela mulher de novo.A que acredita em promessas bonitas.A que ignora os sinais.A q