Ele…
Lysandra era o menor dos meus problemas. Na verdade, ela não era nada para mim. Suas palavras são como perfume barato: enjoativas, artificiais e com prazo de validade. E o pior, ela sabia disso. Sabia que já não me afetava — mas insistia. Como uma sombra inconveniente que insiste em aparecer mesmo quando o sol já se pôs. Ela jogava com lembranças distorcidas, memórias que talvez só existissem na cabeça dela. Entre nós nunca houve amor. Houve conveniência, tédio compartilhado e algumas noites em que o silêncio era mais suportável do que a solidão. Mas agora? Agora ela era só um ruído no fundo da minha mente. E eu tinha problemas bem maiores para lidar.