Ela…
O interfone tocou como se alguém estivesse tentando arrombar meu apartamento com o barulho.
Parecia que a pessoa queria estourar meus ouvidos, com o seu desespero.
Corri para atender, já prevendo quem poderia ser.
— O que você quer, Klaus? — perguntei, tentando soar impassível, mas minha voz saiu mais carregada de irritação do que eu gostaria.
Como eu sabia que era ele? Simples, a única pessoa que poderia tocar o interfone querendo que ele grudasse em seus dedos era Klaus, e mais ninguém!
— Quero falar com você. Agora, Hayla.
— E quem falou que tenho disposição para te atender?
Ele e essa mania de achar que todos estão a seu dispor. Literalmente ele acha que manda em alguma coisa aqui.
— Hayla, não teste minha paciência… Não vou sair daqui até você descer ou me deixar entrar.
Revirei os olhos.
— Acho que você tem memória curta. Fui bem clara no hospital, Klaus. Não temos nada a resolver.
— Ahhh, temos sim — e