Ela…
Klaus estava em pé, a poucos passos de mim, com os punhos cerrados e o rosto endurecido por uma raiva que eu não compreendia.
Seus olhos denunciavam uma ira que não dava para entender.
O sol estava alto, mas parecia não aquecer nada ao nosso redor.
— Por que você fez isso? — ele disparou com raiva, sua voz rasgando o silêncio.
Eu pisquei, surpresa com sua acusação.
— O que eu fiz, Klaus? — perguntei, mantendo minha voz o mais calma possível, mas meu coração estava pulando dentro do peito.
— Você me salvou! — Ele apontou para mim como se eu tivesse feito alguma coisa errada.
Seus olhos brilhavam com algo que eu não conseguia decifrar completamente, uma mistura de raiva e dor.
— Por quê? Quem te deu o direito? - ele continuou.
Dei um passo para trás, chocada com o peso das suas palavras.
— Eu te salvei porque era a coisa certa a fazer! — retruquei, tentando manter minha calma — Porque nós estávamos ali, no meio daquele inferno, e... você ainda estava respirando!
— Re