Ela…
Eu havia passado as últimas horas observando Klaus em silêncio, enquanto ele lentamente recuperava suas forças.
A febre tinha cedido, e ele finalmente parecia mais estável, ainda que um tanto pálido e enfraquecido.
Apesar disso, sua expressão permanecia impenetrável, como se ele ainda estivesse preso em seus próprios pensamentos.
O sol já começava a se pôr quando decidi que era hora de contar a ele sobre tudo o que havia acontecido.
Sentada próxima ao improvisado abrigo que construí, respirei fundo, organizando as palavras em minha mente.
Ele estava deitado, os olhos fixos em algum ponto distante no céu, mas eu sabia que ele estava atento.
— Klaus... — comecei, minha voz baixa, quase engolida pelo som das ondas.
Ele não se moveu, mas seus olhos se viraram ligeiramente na minha direção, um sinal de que estava me ouvindo.
— Acho que você merece saber o que aconteceu.
Ele permaneceu calado, e tomei isso como um incentivo para continuar.
— O avião teve um problema duran