Ele…
Ela foi embora.
Hayla.
Sem gritar, sem quebrar nada, sem drama, sem estardalhaço, sem cena de novela.
Apenas olhou para mim com aquele par de olhos devastados que me envergonhariam pelo resto da vida.
E eu não tive coragem de impedi-la.
Porque, pela primeira vez em muito tempo, percebi que talvez… eu tenha mesmo subestimado o que estávamos construindo.
E tudo por causa da mulher que agora estava sentada no meu sofá, cruzando as pernas como se fizesse parte da mobília.
Lysandra.
A tempestade de sempre, mas agora travestida de visita bem-intencionada.
— Você vai ficar calado a noite inteira, Klaus? — ela perguntou, com a voz enjoada de quem estava prestes a se vitimizar.
— Eu só tentei ajudar.
— Ajudar? É esse o nome do que você fez? — perguntei, me levantando e caminhando até o balcão da cozinha.
Peguei um copo e o enchi com água.
Eu precisava de algo que não fosse vinho.
Ou veneno.
— Eu vi como você saiu daquela festa. Parecia um vulcão prestes