Os meses seguintes correram com a suavidade de um vento de primavera. A gestação de Isabela transcorria bem, e com cada nova semana, a casa se transformava um pouco mais para receber o novo membro da família.
Aurora e Valentina competiam para ver quem sugeria o melhor nome do meio. Valentina defendia “Gabriel”, porque combinava com anjos. Aurora queria “Raul”, por causa de um personagem de desenho animado. Lorenzo ria das discussões e, mesmo tendo decidido que o nome seria apenas Samuel, adorava ver o envolvimento das filhas.
Isabela, por sua vez, vivia entre exames, preparações e momentos de carinho. Cada vez que o bebê se mexia, ela chamava as meninas para sentirem os chutes. As mãos pequenas tocavam sua barriga com reverência, como se Samuel já estivesse entre elas, rindo e correndo pela casa.
— Ele vai gostar de forró? — perguntou Aurora.
— Vai amar — garantiu Isabela. — Vai dançar agarradinho com a mamãe e levar bronca do papai.
— Eu ouvi isso! — Lorenzo disse do corredor.
Guilhe