O carro seguia a toda velocidade por uma estrada de terra cercada por árvores densas e galhos retorcidos. O silêncio no interior do veículo era opressor, cortado apenas pelo som dos pneus sobre o chão irregular e a respiração trêmula de Liz e Alis.
Mas Alis não conseguia mais suportar aquilo. O medo estava ali, sim — latente, sufocante — mas havia também uma fagulha de coragem queimando dentro dela. Era agora ou nunca.
Com um movimento súbito, ela se inclinou para a frente, agarrando o pulso de Brade com força, tentando desviar a arma que ele ainda segurava com a mão direita. O carro derrapou violentamente para o lado, quase saindo da estrada.
— SUA MALDITA! — gritou Brade, lutando com o braço livre para manter o controle da direção enquanto Alis tentava arrancar a arma de suas mãos.
— LARGA ESSA ARMA! — gritou ela, com os olhos cheios de raiva, os dedos fincados no braço dele com força inesperada.
O carro balançava perigosamente. Liz gritava, presa no banco da frente, impotente diant