Uma hora depois, Raul acelerava cada vez mais o carro, atendendo ao pedido insistente de Lucas. O empresário estava inquieto, e agradeceu ao motorista por saber exatamente onde ficava a casa de Alis.
Quando a limusine finalmente parou, Lucas olhou pela janela e hesitou.
— É aqui? — perguntou, surpreso ao encarar a casa humilde à frente. Um pequeno casebre, num terreno apertado cercado por uma cerca de madeira baixa. Tudo era modesto, mas o jardim à frente — repleto de rosas bem cuidadas — entregava que ali morava alguém com sensibilidade. Com certeza, era a casa de Alis.
Sem esperar, Lucas saiu do carro, atravessou a cerca com um pulo e bateu à porta da frente. Esperou. Bateu de novo, com mais força.
— Só um minuto! — respondeu uma voz feminina do outro lado.
Lucas sentiu o peito aliviar. Era Alis. Ela estava viva. Ele temia o que o marido poderia ter feito, mas ao menos ela soava lúcida e desperta.
Quando a porta se abriu, ambos se entreolharam, surpresos e imóveis.
— Sr. Trevor...?