O relógio da cafeteria parecia andar mais devagar naquela manhã.
Cada pedido que eu anotava, cada bandeja que levava até as mesas, era como se o tempo se arrastasse só para me torturar. Eu mal conseguia me concentrar nos clientes o nervosismo pelo encontro com Ravi ocupava todos os espaços dentro da minha cabeça.
Próximo ao horário do almoço, o celular vibrou no bolso do avental. Meu coração disparou antes mesmo de olhar. Era uma mensagem curta, mas suficiente para me deixar sem fôlego:
“Meu motorista está a caminho para buscá-la. Te vejo em breve.”
Respirei fundo, tentando manter o semblante calmo, mas por dentro era um caos.
Entrei no vestiário dos funcionários, arranquei o avental amarrotado e fui até o espelho. Meus dedos nervosos tentaram domar os fios castanhos soltos, ajeitar a franja que insistia em cair sobre os olhos. Não adiantava muito. A calça jeans já estava gasta, e o suéter antigo não tinha nada do brilho que eu imaginava ser esperado em um lugar como o que Ravi trabal