Elara*
Voltei para Lucian ainda naquela manhã.
O vento frio cortava meu rosto, e mesmo assim, nada conseguia ser mais gelado do que o peso das palavras de Cassian ainda ressoando dentro de mim. Ele havia me dado um ultimato.
Quando entrei na tenda, o ar ali parecia denso. O cheiro de sangue seco e remédio misturava-se ao silêncio. Aladar estava deitado, o corpo pesado sobre os lençóis amassados. Me aproximei, examinando seus ferimentos com cuidado.
Lentamente, ele abriu os olhos — e me olhou como se buscasse algo que eu temia que ele encontrasse.
— Você acordou. Que bom. — murmurei, tentando parecer calma.
— Como se sente?
— Como se uma besta tivesse tentado me matar. — engoli em seco, sem coragem de sustentar o olhar.
— Seus ferimentos estão todos cicatrizados. Vai poder levantar logo. — tentei me afastar, mas sua mão forte prendeu meu pulso. O toque fez minha pele se arrepiar.
— Quem era ele, minha senhora? — a voz dele saiu rouca, mas firme. Meu coração disparou.
— Do que está fala