capítulo 67: Cassian... ?
Elara*
O ar queimava em meus pulmões, cada respiração curta como se fosse a última. Meus pés batiam contra a terra úmida, o coração latejando em um ritmo desgovernado. Eu não via nada além de sombras e galhos se movendo — não sabia onde Lúcia e Aladar estavam, nem se ainda estavam vivos.
Atrás de mim, os rugidos e gritos da criatura partiam o ar, um som tão grotesco que parecia nascer do próprio inferno.
— ELARA, CORRE! — a voz de Lúcia rasgou a noite, logo antes de ouvi-la se transformar.
Mas minhas pernas já não obedeciam. Eu tropeçava, cambaleava, e a ideia de me transformar atravessou minha mente — rápido, agora! — mas não havia como. Eu sabia, com a mesma certeza de que o sangue pulsava em minhas veias, que não poderia lutar contra aquilo. O instante em que ele caísse sobre mim seria o instante da minha morte.
E então, como uma chama no fim da noite, as tochas do acampamento surgiram à frente. Eu estava próxima. Só mais um pouco. Só mais um passo.
Foi quando ouvi um grito — não u