Elara*
Eu já não sabia há quantos dias estava presa naquela cela úmida. O frio parecia atravessar meus ossos, como se cada respiração fosse feita de gelo.
Então, o som quebrou o silêncio sufocante dos corredores do calabouço. Passos. Pesados. Meu coração, mesmo fraco, disparou em meu peito. Lentamente, ergui a cabeça, ofegante, e vi uma figura conhecida.
*capítulo um pouco longo, perdão leitoras*
Cassian.
Seus olhos alaranjados me encontraram na penumbra, e por um instante tudo dentro de mim pareceu despertar.
— Cass... Cassian. — minha voz saiu trêmula, como um sussurro partido.
— Shh... você está fraca. — murmurou, a mão quente roçando minha pele fria.
Meu peito ardeu. Eu não sabia se estava delirando, mas queria acreditar.
— Cassian... você está aqui mesmo? — perguntei, desesperada, como quem implora por uma confirmação.
Ele sorriu, e aquele sorriso me atravessou inteira.
— Vim tirá-la daqui. — disse, inclinando-se, como se fosse me beijar. Meu coração se apertou, e fechei os ol