O vento balançava as cortinas do quarto de Luna naquela noite. A lua cheia iluminava o céu com um brilho prateado intenso, quase mágico. O relógio marcava 3h17 quando Luna despertou, o coração disparado no peito e o suor escorrendo por sua testa. Mais um sonho.
Ou seria uma lembrança?
Ela se sentou na cama, os olhos arregalados, tentando processar o que acabara de ver. No sonho, ela corria por uma floresta densa, com galhos arranhando seus braços e pés descalços afundando na lama. Sussurros a cercavam, vindos de todos os lados. Vozes conhecidas. Vozes distorcidas. Mas uma delas se destacava, repetindo seu nome como um sussurro hipnotizante.
— Luna... Luna... venha até mim...
Havia algo chamando por ela. Algo antigo. Algo sombrio.
Sem pensar muito, ela se vestiu, pegou o celular e saiu pela janela com a agilidade de alguém que sabia que estava sendo guiada por algo maior. A floresta nos fundos da casa de sua tia parecia mais escura do que o habitual. Mais viva. Como se as árvores