O sol de Barcelona entrava pela janela do quarto com suavidade, tocando os livros abertos sobre a mesa. Gabriela acordou com Lara balbuciando sons enquanto mexia nos cobertores. Era uma manhã comum — mas dentro dela, havia algo diferente: uma inquietação boa, como se o mundo estivesse prestes a sussurrar uma nova direção.
Ela levantou, prendeu o cabelo num coque rápido e foi até a varanda. No colo, seu caderno novo. E ali, no silêncio entre um gole de café e um suspiro, começou a escrever algo diferente: um livro baseado em cartas.
Não cartas inventadas. Mas cartas reais. Tinha guardado todas as mensagens que recebera dos leitores desde que Promessa Quebrada fora publicado. Eram confissões. Histórias de abandono, de recomeços, de fé silenciosa, de perdão impossível.
Começou a responder uma por uma. Mas depois, entendeu: a resposta qu