- Daqui a alguns dias, vou trazer José e Ana de volta para a Mansão dos Alves.
Maria ficou rígida, pausou por um momento antes de dizer suavemente:
- Está bem.
Essas duas crianças deveriam ter retornado à Mansão dos Alves há muito tempo, mas as lembranças do tempo que passaram juntas a deixavam relutante.
Maria respirou fundo, suportando a dor intensa em seus pés, movendo-se lentamente em direção à saída.
Eduardo a observou enquanto ela se movia lentamente e de maneira desajeitada, sentindo uma irritação inexplicável.
Ele deu uma tragada forte em seu cigarro e disse friamente:
- O que foi, está andando tão devagar? Está com pena de ir embora?
Um amargor surgiu no coração de Maria.
Ela apertou os lábios e acelerou secretamente seus passos, suportando a dor em seus pés, recusando-se a emitir um único gemido.
A mulher andando mais rápido só deixou Eduardo mais irritado.
Ele desviou o olhar, não a encarando mais.
De repente, o som abrupto de pneus freando ecoou no pátio.
Eduardo es