Parte 128...
Matteo
— O que você vai fazer? – Tizziano esperava minha resposta, sentado no balcão da janela — O pai já sabe disso?
— Já, eu mesmo falei com ele depois e sei que ficou triste, decepcionado, mas ele sabe que eu vou decidir.
— A questão, irmão – ele suspirou — É que ela é nossa mãe, não se esqueça disso.
— Eu sei, não sou idiota, mas não posso deixar assim também. O que nossa mãe fez foi muito errado. Acha que eu tenho que aceitar?
— Não digo que deva aceitar, mas tem que ir devagar com a punição, não pode dar o mesmo destino dos outros.
Apertei os punhos, sentindo até uma pontada fina na lateral da testa. Consequência da raiva contida porque não posso explodir como quero.
— Eu sei, eu sei... Mas o que você quer que eu faça, Tizziano? – abri as mãos — Eu sei, nossa mãe tem mania de controlar tudo, de fazer o que dá na cabeça e pronto. Mas dessa vez, foi demais – bati com força na parede ao lado dele — Ela deu dinheiro para aquele cara que levou Valentina.
Tizziano abaixou