Parte 18...
Matteo
A voz de Carlo ecoava irritante do outro lado da linha, como se não tivesse noção da gravidade da situação.
— Já falei, Matteo. Vasculhamos as estradas, mas até agora nada. Lugano é pequena, mas eles sumiram como se tivessem virado fumaça.
O sangue me subiu à cabeça. Apertei o telefone com tanta força que senti os ossos da mão estalar. A respiração ardia dentro do peito.
— Sumiram? - repeti, num tom baixo, quase um rosnado. — Você me liga para me dizer isso? Que dois estudantes que viveram trancados, brincaram de escapar e você, com todos os olhos que tem na cidade, não conseguiu encontrar sequer um rastro?
Do outro lado, silêncio. A covardia de Carlo me tirava do sério. Levantei da poltrona, empurrando a mesa com a perna. O barulho fez meu ir