Laura se afastou com suavidade, sorrindo.
— Nada de gracinhas, senhor Arantes. Hoje, café da manhã na cama e repouso absoluto. Ordens da sua médica pessoal. — Isso não é justo... — ele resmungou, cruzando os braços com um falso bico. — Justo seria você não ter brincado com meu coração fingindo perda de memória. — Ela lançou um olhar divertido, mas ainda com certa mágoa contida. — Vai levar um tempinho até eu te perdoar totalmente. — Ah, então vamos equilibrar as contas. — Heitor virou-se levemente para encará-la. — Quando eu estiver melhor, vou me redimir da única forma que sei: te deixando toda molhadinha por mim e implorando para eu te matar de tanto prazer.