Laura tentou ligar imediatamente. Chamou, uma, duas, três vezes. Nada. Depois, direto na caixa postal. Na quarta tentativa, o celular já aparecia desligado. Ele a havia bloqueado? Ou apenas desligado o aparelho para não ser encontrado?
Algo muito grave havia acontecido. E ela não fazia ideia do quê.
No fundo do peito, um pressentimento pesado começou a se formar. Um desconforto sutil, mas insistente. Como um sussurro dizendo que tudo estava prestes a desmoronar — e ela não sabia por quê.
Foi então que a intuição lhe deu um estalo.
Será que Heitor saiu do toalete naquele momento? Será que ele ouviu minha conversa com Fernando?
Se sim… então deve ter interpretado da pior maneira possível.
Era a única explicação.
A frieza da mensagem. O silêncio repentino. A ausência de qualquer confronto. Tudo levava a crer que ele não apenas ouvira… mas já havia julgado. E condenado.