Dante avançou como um animal feroz, empurrando o velho contra a parede. A primeira facada veio direto no estômago. O grito de Vittorino ecoou pela casa, mas ninguém ousou se aproximar. Todos sabiam… ninguém interrompia o demônio em ação.
A segunda… a terceira… a décima.
Cada corte era uma punição. Um julgamento. Uma promessa.
Vittorino tentou implorar, mas Dante o calava com mais aço.
"Isso é pelo meu filho."
"Isso, por ela."
“E isso… por mim."
Foram trinta facadas.* Uma para cada momento que passou sem notícias. Cada hora que Unirian passou longe. Cada lágrima que ela derramou.
E então, num último movimento brutal, Dante cravou a faca no que restava de resistência, e com a frieza que só ele possuía, separou a cabeça do corpo.
Silêncio absoluto.
Dante, coberto de sangue, ficou ali, respirando fundo, encarando o vazio como se ainda visse os olhos do avô.
O Don estava morto.
O trono agora tinha outro nome: Marchesi. Mas não era o herdeiro… era o monstro.
E ele estava só começando.
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