Natasha chorava, tentando respirar. Luka apertava os punhos, encarando o chão. Eu só via vermelho.
— Eu a amo. — murmurei, como se confessar fosse uma sentença. — Eu amo ela. Eu amo tanto que… — fechei os olhos com força. — Eu vou matar qualquer um que encostar nela.
Luka levantou os olhos.
— Você está fodido, Alexey. — Ele balança a cabeça.
— Eu tô. — Eu cerro os dentes, uma fúria incandescente pulsando através de mim.
— Amor é uma merda — ele disse, quase com desprezo. — Mas ela era sua fraqueza desde o começo. E agora ela pode destruir tudo.
Eu me aproximei dele, cara a cara, peito arfando.
— Que destrua.
Ele sorriu de lado. Um sorriso cínico, seco, sem humor nenhum.
— Então agora a gente tem duas guerras pra lidar. Uma contra o pai dela… e outra contra o fodido do seu coração.
**
Alexey,
Eu sei que as coisas começaram complicadas entre nós. Sei que o nosso começo foi feito de sombras e silêncios, mas hoje eu entendo: Deus me colocou no seu caminho por um motivo. Você foi