Em seu plano o Observador viu o desespero de Darian e a sombra que se aprofundava em seu coração como um câncer. A mancha púrpura no Livro das Possibilidades ao redor de seu nome crescia, mas um fio de luz teimoso, alimentado pelo arrependimento, ainda lutava. Era hora de um contrapeso.
Na sala onde Aether dormia, o menino foi envolvido por um sonho que não era um sonho. Ele se viu em um vasto vazio estrelado, diante do Observador. Não havia palavras, apenas compreensão. O Observador estendeu a mão, e um único fio de luz dourada, como aquela que fluía no Livro, tocou a testa de Aether.
Imagens e sensações inundaram o menino: o fluxo das possibilidades, o peso das escolhas, o delicado equilíbrio entre luz e sombra. Ele não ganhou poder, mas compreensão. O Observador não estava libertando o rio adormecido, mas ensinando o menino a sentir sua corrente, a entender sua direção. Era um farol aceso dentro de sua própria mente, um guia para quando o poder finalmente despertasse.
Aether acord