Capítulo 6

—... não. Minha ida até lá não foi de todo ruim não. Consegui mapear bem a área, e já encaminhei o projeto. A pousada ficará linda, aquele primeiro esboço com o Vargas é a opção perfeita. Assimétrica, feita em bangalôs, a mais alta... com a vista que teremos, vamos arrasar... — eu fico tagarelando enquanto fitava o projeto nas mãos e Anália me encarava com sua careta familiar pelo Skype. Dali ela podia me ver de hobby comportado e toalha na cabeça, ver a cabeceira da cama Box do hotel, e provavelmente meu semblante de poucos amigos. Eu estava puta, muito puta da vida.

Me encontrava ou talvez, havia acabado de sair de um dilema. Sabia que fazer tudo a certa distancia era melhor porque me envolver poderia fazer com que meus planos fracassassem, ficar de vez porque afinal era meu plano antes de qualquer coisa: “ter meu lugar lá dentro”, e por causa da rejeição daquele pobretão me sinto frustrada, e dar um jeito de ficar um pouco mais para tentar comprar o terreno conquistando a

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