Os meses de inverno eram intensos, tempestades e muito frio eram constantes, mesmo assim, a rotina diária continuava.
O céu se fechou de forma abrupta quando Lian deixou os portões da mansão. Um manto cinzento de nuvens tomou o horizonte, e o vento soprou mais forte, carregando o presságio de uma tempestade violenta.
Ele caminhava com a calma de quem não se importava com a fúria do tempo, os passos firmes sobre o chão escurecido por pedras e cascalhos da estrada. A primeira gota caiu pesada no ombro do sobretudo, seguida por muitas outras. A chuva desabou de uma vez, como se os céus estivessem apressados em lavar o mundo. Mas Lian não se incomodou.
Seu foco era outro.
Ele sentia a urgência queimando dentro de si.
A sede voltou com força, e nada mais parecia capaz de saciá-la. Havia tentado, foi para longe nas últimas horas — corpos, vítimas, sangue quente ainda pulsando... e mesmo assim, nada. Nenhum sabor se comparava ao dela. Havia algo no sangue daquela mulher que aquietava seus in