CAPÍTULO 39

A carruagem deslizava suavemente pela estrada escura de volta à mansão, embalada pelo início da noite. O céu ainda conservava vestígios de azul profundo no horizonte, enquanto a névoa se adensava sobre os campos, engolindo aos poucos os contornos de Heradhor.

No interior do veículo, os passageiros permaneciam em silêncio. Lisanne estava sentada junto à janela, observando a cidade se dissolver na distância como se cada traço estivesse sendo apagado da memória.

Ao seu lado, Josy parecia distante, talvez vagando em pensamentos. Day fitava o escuro da estrada pela janela oposta, os olhos atentos, mesmo relaxada. Cléo mantinha os braços cruzados, com um sorriso leve no rosto, como se pensasse em algo que ainda não podia dizer em voz alta.

A carruagem freou suavemente diante da mansão. Alguns empregados vieram ao encontro deles, recolhendo com precisão os pacotes e vestidos cuidadosamente organizados. Os degraus de pedra estavam úmidos pelo sereno, refletindo a luz das tochas acesas. Jo
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