O silêncio se prolongou após a saída de Lisanne, tão denso que parecia preencher cada fresta do quarto. Lian permanece pensativo por longos minutos, com os olhos fixos na porta fechada. A resposta dela ainda ecoava dentro dele como uma sentença difícil de digerir.
“O perdão... não tem preço.”
Essas palavras não significavam rejeição, mas tampouco traziam consolo. Eram como uma porta entreaberta: acessível, mas exigente. E Lian não sabia como atravessar. Ele sentia que aquela pergunta havia saído como um impulso, de algo que já estava transbordando, e precisava se libertar.
Começava a cogitar contar para ela, o que sua mente havia bloqueado, mesmo com o risco de que poderia perder qualquer oportunidade de construir algo, pois o desejo de proximidade se tornava cada vez mais denso e crescente, já não podia mais negar isso. Não tinha como conseguir nada sem que ela antes, o visse como era.
Tentou mover-se, apoiar-se no cotovelo, erguer o corpo. Os músculos ainda respondiam com lentidão,