A tarde chegou, as janelas refletiam apenas sombras, e o silêncio da mansão parecia se aprofundar com cada hora que passava. Um a um, logo depois do breve almoço, todos se recolheram aos seus aposentos, envoltos pela penumbra dos longos corredores e das portas pesadas que se fechavam devagar.
Josy subia as escadas com um baú grande em suas mãos. O objeto era de madeira clara, ornamentado com detalhes sutis em ferro escurecido. Carregava dentro dele não apenas roupas, mas objetos de cuidado pessoal e ornamentos. Quando entrou no quarto, encontrou Lisanne sentada à beira da cama, os olhos ainda marcados por cautela.
Havia algo na forma como ela a olhava — um misto de desconfiança e curiosidade, como quem está acostumada a se proteger de atos e promessas gentis.
— São roupas e itens que comprei, mas nunca usei — disse Josy, ao depositar o baú aos pés da cama. — Estão novos. Talvez tenha algo que te agrade. Depois, dá uma olhada.
Já estava prestes a sair quando Lisanne a chamou, a voz bai