ALFA KARIM
— Eu o ajudarei, mas imponho uma condição. — Declarou a bruxa.
Eu suspeitava que ela desejasse algo em troca; criaturas desse tipo jamais oferecem auxílio desinteressado. Preferi, contudo, arriscar-me, em vez de deixá-la farejar minha impotência. Aproximando-me até ficar a poucos centímetros do seu rosto, mantive o tom firme:
— Se pretende que eu entregue metade do meu bando ou me leve a cometer alguma insensatez da qual me arrependerei assim que recobrar a lucidez, pode esquecer. Meus homens e eu encontraremos um modo de alcançar sua parceira e detê-la. Sempre existe outra saída.
Ela riu com desdém.
— Estou do seu lado, Alfa Karim. Você quer sua companheira, e eu desejo vingança.
Lancei-lhe um olhar gélido. Eu me dividia: parte de mim queria confiar nela a qualquer custo; a outra, erguida pela paranoia, recusava-se a esquecer que aquela mulher já trabalhara com Erika e que nada garantia sua lealdade.
— Ela garantiu que Theresa a esfaqueou até a morte. Karim, o tempo se esva