ALFA KARIM
— O que quer dizer que Laika sumiu? — Rugi, avançando para o quintal com passos pesados.
Todos se encontravam no quintal. Claudia, de olhos inchados, parecia ter chorado até não restar uma só lágrima. Morpheus andava de um lado a outro, inquieto. Sekani, sentado num banquinho, exibia expressão aturdida. Parti em direção a Morpheus e enganchei os dedos ao redor de seu pescoço.
— Onde ela está? — Rosnei.
— Eu não sei. Despertei hoje cedo com essa notícia. Foi Sekani quem percebeu o sumiço.
Jago e os demais haviam saído para vasculhar os arredores do reino, mas meu instinto gritava que eu dilaceraria alguém antes que a encontrassem. Era inconcebível. Apertei o pescoço de Morpheus com ainda mais força e me espantei quando ele não reagiu. O que havia de errado com ele?
— A culpa é toda sua! — Berrei, arremessando-o ao chão. Ele ergueu-se num salto, como se fosse investir contra mim.
Claudia levantou-se de imediato e colocou-se entre nós.
— Este não é o momento de buscar culpados