ALFA KARIM
Estar perto de Laika me deixava completamente insano; era como arrancar meu próprio coração do peito.
Num instante eu fervia de ódio pelo que ela fizera, tentando roubar meu bando e virar meu povo contra mim. No momento seguinte, via-me consumido por ela, percebendo o quanto estava irremediavelmente apaixonado.
O ciúme corroía minhas entranhas, e eu sentia que ela me roubara a glória ao matar MOLART. Às vezes me perguntava como conseguira tal façanha sendo apenas uma Ômega frágil, mas era inegável. Parte de mim reconhecia que ela salvara minha vida. Eu a admirava, eu a respeitava. Se o que diziam fosse verdade, ela fizera o que julgara melhor, mas isso ainda doía pra caramba.
Culpava-a por ter trazido o mal chamado Khalid ao meu bando e não conseguia descartar o que Erika escrevera naquela carta. Era tudo possível. Talvez tivesse sido tramado por ela desde o início. Eu via essa hipótese com nitidez, mas que diabos era a coisa que latejava no meu peito?
Marchava furioso até o