Não precisei que ninguém me dissesse quem surgiria por trás da multidão: sabia que seria o Alfa. Esperava ver um ancião trajando insígnias de poder e uma coroa imponente, mas deparei com um homem jovem, colossal, de semblante austero e olhos em chamas. Por um instante, senti o peso da sua presença, porém mantive-me ereto.
Seu rosto coincidia com o esboço que minha mãe me entregara, só que mais jovem; bastou juntar as peças para inferir que o patriarca estava morto ou demasiado velho para governar.
O olhar dele cravou-se no meu, mas recusei-me a ceder. Em seguida, seu foco pousou na mulher que eu carregava, e o silêncio do Bando tornou-se tão denso que pude ouvir minha própria respiração. Repeti aos guerreiros a mesma explicação:
— Não trouxe problemas. Vim apenas entregar uma mensagem a Alfa Ehis.
— Tirem a mulher dos braços dele. — A voz do jovem retumbou como trovão. — Coloquem-na na tenda. Depois levem o forasteiro ao Conselho.
— Hã… Ela está grávida… — Balbuciei, não por medo, mas