Antonella
Não sei dizer em que momento meu coração parou de resistir e começou a simplesmente sentir. Talvez tenha sido nas noites em que ele dormia ao meu lado, mesmo sem encostar. Ou nas manhãs que preparava café mesmo sabendo que eu odiava acordar cedo. Ou talvez tenha sido agora, com minha cabeça no peito dele, ouvindo os batimentos acelerados depois do que acabamos de fazer.
O quarto ainda está meio bagunçado, nossas roupas no chão, o cheiro do perfume dele misturado com o meu, e a respiração ainda pesada. Alonzo passa a mão pelos meus cabelos, e pela primeira vez eu me sinto… em paz dentro do caos que ele sempre foi.
— Tem certeza que não vai se arrepender por dar uma chance ao nosso casamento, coelhinha? — ele pergunta, meio sério e meio provocante.
Eu sorrio, sem abrir os olhos.
— Não dá para pensar nisso depois do que acabamos de fazer, Alonzo. Meu corpo ainda vibra por causa do seu toque.
Ele ri baixo, mas não alivia.
— Vou perguntar de outro jeito.
Ele se move devagar, deit