Alonzo
Eu estava à beira da loucura. Já era a segunda madrugada em que passava mais tempo em frente ao quarto dela do que no meu. Não era só desejo. Era sede. Fome. Abstinência de tudo que ela significava.
Três dias sem encostar nela por causa de um castigo idiota que ela inventou só porque eu espanquei aquele babaca do James. E ela tinha razão… eu exagerei. Mas ele me provocou. Ele sabia o que estava fazendo ao se aproximar demais. Sorrindo como se tivesse algum direito. Como se fosse um homem digno de olhar pra minha mulher.
Ela podia fingir que não se importava, mas eu conheço cada suspiro dela. O olhar gelado que ela me lançou depois da briga não escondia o quanto estava tão afetada quanto eu. Antonella era um incêndio disfarçado de calmaria.
Na terceira madrugada, eu estava na sala escura da mansão. Luz baixa, whisky na mão, cabeça cheia dela.
Foi quando ouvi passos leves. E a visão me destruiu de dentro pra fora. Antonella, de camisola vermelha. Curta, rendada, provocante. O ti