Antonella
A convivência com Alonzo entrou num ritmo que eu não sei explicar. Não é exatamente paz, mas também não é guerra. Os trigêmeos estavam prestes a fazerem dois anos, falavam palavras soltas, corriam pela casa, deixavam brinquedos por todos os cantos. E, no meio desse caos doce, Alonzo começou a fazer parte disso com naturalidade.
Ele ajudava. Não como obrigação. Mas como quem queria estar. Quem queria aprender. Trocar fralda, preparar mamadeira, colocar os meninos pra dormir ouvindo histórias inventadas, que sempre tinham uma mulher forte e três guerreiros pequenininhos que protegiam ela.
Não precisava ser muito inteligente para perceber o que ele estava fazendo, tentando se redimir como homem e se reconstruir como pai.
E, de alguma forma, funcionava.
O aniversário dos meninos chegou. Dois anos. Dois anos que mudaram tudo. Eu decidi fazer algo simples, só com algumas crianças da vizinhança e filhos de colaboradores da Sweet Dreams. Balões azuis, brancos e verdes. Um painel com