Alonzo
O primeiro pensamento que tive quando meus olhos abriram foi que o mundo estava quieto demais. Depois senti o cheiro. O perfume dela. Aquele perfume que meu corpo reconheceu antes da minha mente. Era noite ou muito cedo. Não sei. Só havia meia luz. Só havia ela, ali, sentada em uma poltrona improvisada de cama, com a cabeça encostada ao meu lado, dormindo com a mão sobre a minha.
Por alguns segundos eu só fiquei olhando. Sem pensar, sem tentar entender. Só… existindo. Com ela. E então, como um sussurro vindo de dentro, meu coração falou antes do resto:
— Coelhinha…?
Minha voz falhou. Doeu. Mas ela ouviu. Ela levantou de repente, como quem desperta de um sonho ruim, e os olhos dela se encheram de luz.
— Alonzo? — ela sussurrou, com medo de acreditar. — Você… acordou mesmo?
— O que aconteceu? — perguntei, sentindo a garganta arranhar. — Onde eu estou?
Ela engoliu seco, e antes que pudesse responder, os trigêmeos acordaram no sofazinho ao lado. Aubrey foi o primeiro a correr até m