— Parece abandonada... — Alinna comentou, desconfiada.
— Não. Tem gente ali — Yoran falou, apontando com a cabeça para o centro da vila. Um grupo de pessoas cercava uma carroça.
Kael franziu o cenho. A cena era familiar demais.
E então ele viu.
Um lobo branco, alto e forte. Em pé, ao lado dele, um homem grande, de cabelos escuros e barba cerrada, segurava um saco de pano. Ao lado dele, com a mão no ombro do lobo, estava Milo.
Mas aquele não era mais o garoto de antes. Milo agora era um homem. Alto, forte, o olhar sábio de quem tinha visto mais do que gostaria. Ele se virou, como se soubesse que Kael estava ali.
E sorriu.
— Você voltou.
Kael congelou por um instante. Aquela voz era a mesma. O mesmo tom calmo de alguém que entendia demais e falava de menos.
— Milo...?
— É bom ver você, senhor Kael.
Ágata se aproximou, desconfiada, mas em silêncio. O lobo branco levantou o olhar para Andrômeda, e ela sentiu algo estranho vibrar dentro de si. Como se aquela criatura soubesse exatam