Kael estava sentado em frente à lareira. O rosto iluminado pelas brasas refletia a confusão que o corroía por dentro. Andrômeda dormia no sofá, envolta em mantas, o rosto calmo como se nada daquilo fosse real. Mas era.
Ele se levantou, se aproximou dela devagar e se ajoelhou ao lado do sofá. Tocou sua mão devagar, e um calafrio percorreu sua espinha. O que o destino estava fazendo com ele?
— Deixe ela descansar — Marcel entrou, quebrando o silêncio. — Vamos, temos assuntos a tratar.
Kael olhou para Marcel, mas não respondeu à sua provocação. Ele queria saber o que estava acontecendo.
— Obrigado, demônio. O seu chá é idêntico ao do Reino das Fadas — Marcel falou, tocando a mão de Boldar, que sorriu, lisonjeado.
— Como sabe? — disse Kael, entrando na cozinha. — Não tem mais de 20 anos que saiu de lá?
Marcel sorriu com desdém.
— Algumas coisas não podem ser esquecidas. Mesmo pequenas, a felicidade que elas nos traz fica em nós.
— Você...
— Capitão — Ágata o interrompeu —