Auriel
“Eu nem sempre quis ter irmão ou uma irmã,” confesso baixinho, a voz carregada de vulnerabilidade, o peso da solidão que carrego desde a morte de minha mãe tornando as palavras difíceis. “Quando era somente eu e a minha mãe, eu não desejava ter mais ninguém,” digo, a vergonha queimando minhas bochechas. “Mas quando ela morreu e me deixou sozinha, fiquei desejando ter alguém para dividir o luto.”
Alex me encara, seus olhos castanhos brilhando com uma afeição que me surpreende, e sinto uma tranquilidade inesperada, o coração aquecido pela conexão que começa a se formar.
“Eu não sei como se faz isso,” declaro, a timidez fazendo minha voz tremer, e ele arqueia a sobrancelha, confuso.
“Isso o quê? Catar conchinhas?” Ele brinca, o tom leve aliviando a tensão. “Você está se saindo muito bem, na verdade.”
Solto uma risada e empurro-o devagar, apenas para desequilibrá-lo um pouco, o gesto brincalhão trazendo uma leveza ao momento.
“Ser irmã...” respondo, o humor mascarando a vulnerabil