Auriel
Antes de entrar na sala de estar, a voz de Thorne ressoa pelo corredor, grave e firme, e um nervosismo súbito aperta meu peito, um aperto que faz meu coração disparar como se estivesse correndo uma maratona, a ansiedade dançando em minhas veias como uma corrente elétrica que não consigo controlar.
Respiro fundo, o ar fresco do castelo roçando minha pele, e levo alguns instantes para perceber que ele não está aqui, sua presença não é física, mas uma ilusão trazida pela televisão, o som ecoando como um eco de memórias que ainda machucam. A compreensão me acalma apenas parcialmente, o coração ainda acelerado.
Entro na sala, o assoalho de madeira polida rangendo sob meus pés, e noto Alex e a duquesa Emma sentados no sofá, os olhos fixos na tela brilhante, a luz refletindo em seus rostos e lançando sombras suaves nas paredes adornadas com tapeçarias douradas.
Me aproximo, o aroma de café fresco e flores silvestres pairando no ar, e me sento ao lado de Alex, o tecido macio do sofá ac